A Mostra Proibida trará novas programações em outros espaços culturais, como o Centro Cultural Bom Jardim e a Outra Casa Coletiva, ambos em Fortaleza, a Casa de Saberes Cego Aderaldo, em Quixadá (CE), além de Lisboa, Portugal.
Registros da Performance Bixa Cura de Li Coelho e Barbara Banida. — Fotografia de Arrudas Maria com edição de Mateus Falcão (Fortaleza - CE / 2023)A partir do dia 1º de novembro, o público interessado em conhecer trabalhos artísticos dissidentes poderá acompanhar a 2ª edição da Mostra Proibida. Com o tema “Corpo Memória Viva”, a iniciativa da Banida Plataforma tem o intuito de suscitar um debate profundo sobre o corpo como espaço de memória e resistência.
“A Mostra Proibida é um projeto de arte interlinguística, com curadoria geral de uma travesti e protagonizada por corpos dissidentes, especialmente pessoas LGBTQIAPN+, pessoas trans e pessoas com deficiência. A programação percorre três cidades em dois países diferentes, com performances, obras de mídia digital, peças teatrais e exposições, congregando mais de trinta artistas”, detalha a curadora e gestora cultural, Bárbara Banida.
O evento de abertura, que ocorre no Hub Cultural Porto Dragão, contará com a performance “Bixa Cura” e a exposição “Investigação Submersa”, que ficará aberta para visitação no Hub, de terça a sexta-feira, das 9h às 21h, e aos sábados e domingos, das 14h às 21h.
Nos meses de dezembro e janeiro, a Mostra Proibida trará novas programações em outros espaços culturais, como o Centro Cultural Bom Jardim e a Outra Casa Coletiva, ambos em Fortaleza, a Casa de Saberes Cego Aderaldo, em Quixadá (CE), além de Lisboa, Portugal. “A 2ª edição da Mostra demarca um esforço da Banida Plataforma de pensar uma arte engajada e integrada a partir do coletivo, expandindo o número de artistas envolvidos na primeira mostra e trilhando, ao mesmo tempo, ações no interior do estado do Ceará e no exterior”, pontua Bárbara.
“Bixa Cura”
Os olhares de duas pessoas atravessam uma mesa, frente a frente. É esse o cenário inicial da performance “Bixa Cura – Uma conversa silenciosa sobre as dores”, que integra a programação de abertura da 2ª Mostra Proibida, no Hub Cultural Porto Dragão. Protagonizada pelas artistas trans Bárbara Banida e Li Coelho, a apresentação é um ritual de acolhimento e alívio de transfobia, racismo e outras violências, mas também das novidades e potências do mundo.
“‘Bixa Cura’ compõe uma zona de fortalecimento de corpo e de rede contra hegemônica, por meio do ato simbólico de cobrir o rosto com curativos, do qual o público também pode participar”, explica a performer Bárbara.
“Investigação Submersa”
A exposição que integra a abertura da 2ª Mostra Proibida, intitulada “Investigação Submersa – Um mergulho criativo e curatorial a um oceano de memórias dissidentes”, propõe o contato com memórias de pessoas LGBTQIAPN+ com as águas cearenses – sejam elas do mar, oceano ou dos rios.
“’Investigação Submersa’ se originou de uma pesquisa de autoria minha e do artista Mateus Falcão, em 2019, no Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade Federal do Ceará. Desde então, eu e Mateus elaboramos ações interartísticas de investigação a respeito da relação entre meio ambiente marítimo, ecologia, memória LGBTQIAPN+ e dissidências de gênero e sexualidade”, explica Bárbara. “Na exposição, o visitante – ou “mergulhador” – será conduzido por obras que se utilizam de tecnologias diversas, como projeções, montagens digitais, instalações táteis, dispositivos sonoros, telas em acrílico com luzes de LED, letreiros neon, dentre outras”, completa.
Serviço
Abertura da 2ª edição da Mostra Proibida – “Corpo Memória Viva”
- Data: 1º de novembro
- Horário: A partir das 18h
- Local: Hub Cultural Porto Dragão, Rua Bóris, nº 90, Centro, Fortaleza (CE)
Mais informações:
instagram.com/banidaplataforma