Assembleia Legislativa do Ceará
A Procuradoria Especial da Mulher (PEM) da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) realizou nesta quinta-feira (28/11) mais uma ação alusiva à campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, iniciativa que visa conscientizar a sociedade sobre a importância do combate à violência de gênero. O evento ocorreu no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) Indígena Jenipapo-Kanindé, localizado em Aquiraz.
Na campanha, a PEM tem percorrido diversos municípios cearenses com uma programação abrangente, que contempla rodas de conversa, palestras e formações técnicas com mulheres, estudantes, profissionais e a sociedade em geral a fim de combater a violência de gênero.
Na roda de conversa desta quinta-feira, que debateu tipos e ciclos de violência, além do papel dos homens diante da violência de gênero, moradores da comunidade indígena Jenipapo-Kanindé tiveram a oportunidade de trocar experiências e conhecimentos com profissionais da PEM sobre essa temática.
Para a agente sociocultural da PEM, Alice Brasil, o momento foi extremamente enriquecedor para todos os envolvidos. “Esse local é engrandecedor. Ele tem uma energia diferenciada, com um público muito atencioso e participativo nas conversas”, avaliou.
Ela complementou que o encontro proporcionou uma troca muito valiosa e um diálogo humanizado. “É algo que traz um diferencial tanto para as nossas vidas, enquanto servidores, quanto para esse público”, salientou.
A coordenadora do Cras Indígena Jenipapo-Kanindé, Aldênia Paulino, destacou que a comunidade está extremamente engajada na campanha pelo fim da violência contra a mulher. “Até os homens da comunidade estão muito envolvidos e mobilizados nesse debate, tratando desse tema, entendendo que o momento é de valorização do espaço da mulher, de empoderamento”, assinalou.
Liderança indígena da comunidade, José Maria Alves agradeceu a Alece por permitir que debates como esse sejam levados à região. “É um momento muito rico, de aprendizado e de troca de ideias sobre um tema de enorme importância. Por muito tempo, nós homens tivemos uma visão equivocada sobre o papel da figura feminina na sociedade e hoje é possível ter um outro entendimento em relação às mulheres”, comentou.
Segundo ele, as mudanças culturais e a luta pelo empoderamento feminino fizeram com que houvesse maior igualdade entre homens e mulheres, em diversos aspectos. “Hoje temos mulheres em posições de liderança no Governo do Estado, temos mulheres deputadas, senadoras, exercendo seus direitos de liberdade. Então as coisas mudam, evoluem e precisamos acompanhar essas mudanças”, pontuou.
A moradora da região Raniele Nepomuceno Alves, que acompanhou a roda de conversa, avaliou o encontro como uma grande oportunidade de conhecer mais sobre o assunto e entender de que forma a violência de gênero pode se manifestar. “Podemos aprimorar nossos conhecimentos, ouvir relatos de quem passou por uma violência verbal ou não verbal. São momentos de estreitar laços com equipamentos de proteção da mulher como a PEM”, enfatizou.
PROGRAMAÇÃO
A campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” é uma mobilização global iniciada em 1991, em que mulheres de diversos países se uniram para denunciar e debater as muitas formas de violência enfrentadas diariamente. No Brasil, a campanha começa no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e se estende até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Na Alece, a programação alusiva à campanha teve início na última quinta-feira (21/11), com a entrega de materiais da campanha nos gabinetes e setores da Casa, além de uma roda de conversa com estudantes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), no município de Redenção.
Na segunda-feira (25/11), uma palestra sobre tipos de violência, ciclo de violência e papel dos homens diante da temática aconteceu no Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
A programação da campanha segue até o dia 6 de dezembro, com palestras em São Gonçalo do Amarante, Quixadá, Tauá e Arneiroz.
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