Homem foi denunciado pelo crime de feminicídio não íntimo, já que o suspeito e a vítima não se conheciam.
A Justiça recebeu, na última quarta-feira (13), a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Ceará contra o garçom Antônio Carlos Sousa Pereira, de 20 anos, suspeito de matar uma mulher durante uma discussão devido ao preço de um programa sexual no Bairro Varjota, em Fortaleza.
A vítima, identificada como Bruna Gonçalves, de 30 anos, foi encontrada morta no dia 26 de outubro, após ir a um encontro na casa que o suspeito morava. Antônio Carlos foi preso em flagrante e confessou o crime à polícia.
A 109ª Promotoria de Justiça de Fortaleza denunciou o homem pelo crime de feminicídio não íntimo, já que o denunciado e a vítima não se conheciam.
"A vítima foi morta com golpes de faca de cozinha, com crueldade e múltiplos ferimentos, e sem possibilidade de defesa", disse o Ministério Público.
Antônio Carlos é natural de Tejuçuoca, no interior do Ceará, mas havia se mudado para Fortaleza e trabalhava em uma churrascaria no Bairro Meireles.
Conforme o depoimento do suspeito à polícia, na madrugada que o crime aconteceu, já perto do horário de amanhecer, após consumir cocaína ele decidiu procurar por garotas de programa online e encontrou Bruna em um site de "acompanhantes de luxo" e se interessou pelo perfil dela.
Após o contato no site, Bruna foi até a casa de Antônio Carlos, em uma vila. O garçom afirmou que, pelo site, o preço do programa combinado com Bruna foi R$ 350, porém ela teria cobrado R$ 400, valor que seria pago via Pix.
Antônio afirmou que não possuía a nova quantia exigida por Bruna, e chegou a sair de casa para tentar pedir dinheiro emprestado, mas não conseguiu e retornou sem o valor, momento no qual ele e Bruna teriam começado a discutir e ela o teria ameaçado.
Antônio contou estar sob efeito de drogas, e com a discussão, ele pegou uma faca na cozinha e esfaqueou a mulher. No depoimento no 2º Distrito Policial, o garçom disse que "agiu por impulso, por medo".
No local do crime, a polícia encontrou cerca de R$ 470, mas não está claro se o dinheiro pertencia a Bruna, a Antônio ou era a somatória do valor que os dois possuíam.
Após a conclusão do inquérito policial, Antônio Carlos foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe.
Bruna tinha três filhos, com idades de 2, 3 e 7 anos, que não viviam com ela. A jovem morava com um amigo no bairro Montese e os familiares disseram que, devido à distância, não tinham sempre contato com ela.
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