Nova gestão vai reduzir filas de exames e cirurgias, diz Gabriella Aguiar

A deputada estadual e vice-prefeita eleita de Fortaleza, Gabriella Aguiar (PSD), apontou a saúde como um dos principais desafios para a gestão do prefeito eleito Evandro Leitão (PT)

Nova gestão vai reduzir filas de exames e cirurgias, diz Gabriella AguiarFoto: Reprodução / Site Gabriella Aguiar

A deputada estadual e vice-prefeita eleita de Fortaleza, Gabriella Aguiar (PSD), apontou a saúde como um dos principais desafios para a gestão do prefeito eleito Evandro Leitão (PT), a partir de janeiro de 2025. Ao Podcast Questão de Opinião, do OPINIÃO CE, a parlamentar destacou que a saúde da cidade enfrenta um “grande desafio”. Promover o acesso à saúde é uma das frentes necessárias para mitigar o “principal problema” da Capital, a “desigualdade social”. Segundo Gabriella Aguiar, para tal, é preciso focar num tripé que, além da saúde, inclui melhoria das estruturas e ações voltadas para a educação e a geração de emprego e renda.

“Sei do enorme desafio que temos pela frente. A saúde não tem preço, mas tem custo”, avalia a parlamentar. Gabriella é médica geriatra, fez residência de Clínica Médica no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e de Geriatria no Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP), com experiência de um ano de fellowship no serviço de Medicina Interna do Hospital Kremlin Bicétre, em Paris. Ela é mestre em Ciências Médico-Cirúrgicas na Universidade Federal do Ceará (UFC).

Durante a entrevista, a deputada elencou falhas na saúde pública da gestão do prefeito José Sarto (PDT), como a ausência de uma cobertura estratégica em saúde da família, o número de equipes e profissionais, as estruturas dos equipamentos de saúde e a perenidade de medicamentos e insumos. Neste último ponto, ela ressalta que não pode existir o “tem, mas está faltando”.

PRIMEIRAS AÇÕES PARA A SAÚDE

A parlamentar afirmou que as primeiras ações que a gestão Evandro buscará promover na saúde serão voltadas para a garantia do acesso à medicação para a população e à redução das filas para exames e cirurgias.

Como frisou a vice-prefeita eleita, as pessoas, geralmente, estão em duas filas, do Município e do Estado. Na cidade, existem seis Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Prefeitura de Fortaleza e seis do Governo do Estado. “[As pessoas] não sabem como vai ser a previsão, não podem nem se programar. Essas duas feridas precisam ser tratadas com urgência para dar dignidade para as pessoas, que pedem dignidade”, completou.

O alinhamento da gestão da Prefeitura com o Governo de Elmano de Freitas (PT), aliás, é tratado pela deputada como um instrumento importante para que o tema da saúde seja bem trabalhado e bem gerido durante os próximos quatro anos. “Para que a gente possa garantir a transparência e a fila única, com regulação única, e para que a gente possa fazer compra conjunta de medicamento e fazer a distribuição correta das medicações, barateando o custo e garantindo a perenidade”, exemplificou.

Durante os últimos dois anos de Sarto à frente do Palácio do Bispo, a falta de diálogo com Elmano gerou conflitos entre as duas bases aliadas dos chefes dos dois entes do Executivo. O prefeito tem, como uma de suas principais críticas ao Governo do Estado, citado uma alta presença de pacientes do Interior nas unidades de Saúde do Município, o que atrapalharia o andamento das ações de saúde para a população fortalezense.

De acordo com Gabriella, o Estado tem procurado “descentralizar a atenção à saúde” para outras regiões do Ceará. “No politrauma, que é o que traz mais pacientes para o IJF [Instituto Doutor José Frota], foram construídos hospitais do Vale do Jaguaribe e Quixeramobim, com atendimento em politrauma e com objetivo já de reduzir essa transferência [de pacientes para Fortaleza]. O ideal é que o paciente se trate dentro de casa”, acrescentou.

“Além disso, existe um repasse do Governo do Estado de R$ 72 milhões para Fortaleza e, do Ministério da Saúde, de R$ 800 milhões. A saúde de Fortaleza, atualmente, custa R$ 1,3 bilhão. Boa parte vem do Ministério da Saúde e também do Governo”, ressaltou.

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