O anúncio do pacote depende agora do diálogo entre o Palácio do Planalto, do Senado e da Câmara dos Deputados

Pacote de corte de gastos do Governo Federal está pronto para ser anunciado, diz Haddad
No pacote, serão aproveitado projetos em tramitação no Congresso. Foto: Diogo Zacarias/MF

Embora ainda não haja data definida, o pacote de gastos está pronto para ser anunciado, após um mês de discussões no Governo. A data depende de conversa do presidente Lula (PT) com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).

“[O anúncio do pacote] está dependendo agora de o Palácio do Planalto entrar em contato com o Senado e a Câmara. Tem que ver se os presidentes estão aí, estão disponíveis, mas enfim, nós já estamos preparados. Está tudo redigido já. A Casa Civil manda a remessa [da redação final dos textos] para mandar com certeza [ao Congresso] essa semana. Agora, o dia, a hora, vão depender mais do Congresso do que de nós”, explicou Haddad.

No pacote, serão aproveitados projetos em tramitação no Congresso. Apesar de a previdência dos militares, ponto que entrará no pacote, ser definida por lei ordinária, o ministro ressaltou que o governo enviará uma proposta de emenda à Constituição (PEC). Para Haddad, a ideia é mandar o menor número de propostas possível. As mudanças no Vale Gás entrarão como substitutivo no projeto de lei que tramita no Congresso desde agosto. Já a limitação dos supersalários constará do projeto de lei complementar.

Em relação à PEC, Haddad afirma que o Governo Federal pode incluir o pacote de corte de gastos na proposta que estende a Desvinculação das Receitas da União (DRU), mecanismo que desvincula até 30% dos gastos carimbados para qualquer finalidade do governo.

“A intenção é aprovar até o fim do ano pelo seguinte: há pelo menos uma PEC, mas talvez mais uma que deve ser votada esse ano. Por exemplo, a aprovação da DRU. Talvez nós aproveitemos essa PEC para, dependendo do julgamento dos congressistas, incluir, se concordarem, aquilo que foi matéria constitucional [do pacote de corte de gastos]”, acrescentou Haddad.

Haddad e o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, se reuniram com Lula pela manhã e à tarde de ontem no Palácio do Planalto. Segundo Haddad, os ministros responsáveis pelas pastas afetadas pelo pacote também estiveram presentes e concordaram com as medidas.

ℹ️ Com informações: Opinião CE