A vacina injetável é mais segura do que a oral. A poliomielite é uma doença grave que ainda é um problema em alguns países

Vacinação contra paralisia infantil passa a ser exclusivamente injetável no Ceará
Foto: Reprodução Sesa

A partir desta segunda-feira, 4 de novembro, a vacina contra a poliomielite será aplicada exclusivamente na forma injetável no Ceará. A mudança substitui a tradicional vacina oral, conhecida como “gotinha”, pela versão injetável, um processo iniciado em setembro com o recolhimento dos imunizantes. “A vacina injetável traz bastante segurança, porque utiliza apenas partículas do vírus. A mudança, feita pelo Ministério da Saúde, é respaldada por vários especialistas e diversas organizações, como a Organização Mundial da Saúde”, destacou Ana Karine Borges, coordenadora de Imunização do Ceará.

O novo calendário vacinal seguirá a seguinte ordem: primeira dose aos 2 meses de idade, segunda dose aos 4 meses, terceira dose aos 6 meses, e uma dose de reforço aos 15 meses. “Com essa mudança, teremos uma redução nas doses de reforços. Antes, tínhamos dois reforços, aos 15 meses e aos 4 anos. Agora, será apenas um, aos 15 meses”.

Em setembro, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) emitiu uma nota técnica orientando as equipes municipais e regionais sobre a retirada da vacina oral e a implementação do novo esquema vacinal.

A coordenadora reforça a importância da imunização como meio mais eficaz de proteção contra a poliomielite, que não registra casos no Brasil há 34 anos. “Apesar disso, é importante que as pessoas continuem vacinando para a proteção contra essa doença, que é muito grave, especialmente nas crianças”.

Ana Karine chama atenção para o fato de a doença ainda ser motivo de preocupação em alguns países. “Esses locais enfrentam desafios complexos que dificultam a erradicação da doença. Por isso, o Ministério da Saúde tem feito esse movimento constante em prol da vacinação”, explica.