A medida ocorre após 104 dias de inadimplência por parte da Prefeitura.
A coleta de lixo em Sobral foi interrompida nesta segunda-feira (14) após decisão judicial que autorizou o Consórcio de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Sobral (CGIRS-RMS) a suspender o recebimento dos resíduos sólidos do município.
A medida ocorre após 104 dias de inadimplência por parte da Prefeitura, acumulando uma dívida superior a R$ 1,2 milhão desde janeiro de 2025.
O consórcio, entidade sem fins lucrativos que opera de forma colaborativa entre os municípios da região, depende dos repasses financeiros mensais das cidades consorciadas para manter a operação da Central de Tratamento de Resíduos.
A inadimplência de Sobral comprometeu a continuidade dos serviços, afetando a capacidade de financiamento e resultando em dificuldades para a manutenção da infraestrutura necessária à gestão dos resíduos sólidos.
A decisão judicial reconheceu o direito do consórcio de suspender os serviços em caso de não pagamento. Com a medida, as unidades de tratamento de resíduos não aceitarão mais o lixo proveniente da coleta de Sobral. Há risco de acúmulo de lixo nas ruas, o que pode gerar sérios riscos à saúde pública e desencadear uma crise sanitária no município.
Embora a Prefeitura de Sobral ainda não tenha se manifestado oficialmente sobre a decisão judicial, uma fonte confirmou que o prefeito de Forquilha, Edinardo Rodrigues, atual presidente do CGIRS-RMS, terá uma reunião no fim da manhã de hoje com um representante da Prefeitura de Sobral para discutir o assunto.
Até o momento, os caminhões que transportam os resíduos sólidos de Sobral estão proibidos de acessarem a Central de Tratamento de Resíduos.
Em janeiro deste ano, o prefeito Oscar Rodrigues sancionou a revogação da Taxa do Lixo, cumprindo uma promessa de campanha. A medida, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal, eliminou a cobrança instituída na gestão anterior.
No entanto, a revogação da taxa não foi acompanhada de uma estratégia clara para suprir a perda de receita destinada ao custeio dos serviços de manejo de resíduos sólidos. Essa lacuna financeira pode ter contribuído para a atual crise na gestão do lixo no município.
A expectativa é que as autoridades municipais e o consórcio encontrem uma solução rápida para regularizar a situação da coleta de lixo, evitando maiores prejuízos à saúde pública e ao bem-estar da população.
Fonte: Sobral Portal de Notícias
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